QUEM SOU EU
Eu sou máscara sombria que esconde
O próprio horror que tenho de mim
Eu sou um sobejo, banquete inútil
Cadáver covarde, o além do meu frágil fim
E sou a força dos mares naufragando meus medos
A geometria dos loucos temporalizando o espaço, montando seu circo
O ímpeto estelar dos deuses trovoando segredos
A triste vontade das sombras sonhando o infinito
Sou um barco de palhaços rumo ao desespero
Tentando achar o mistério, o mundo e sua vontade
Temendo a morte, lacre fatal, e sua incrível eternidade
Explodo, então meus nervos, receios e espelhos
E da nuvem de minhas forças, fraquezas e conselhos líricos
Construo o mais perfeito sentimento, e o faço travesseiro
Explodo a escuridão
Explodo a tensão
E crio o meu mundo