comungar com a natureza
Quem dera uma relva fresca
para inebriar pensamentos
por irrequietas e suaves brisas
e tornar-se pássaro leve
e no voo refrescar os calores
que o amor provoca
imantada de rajadas de luz
derramadas nos cabelos
a brilhar renovada de frescores
Este prazeroso momento
Desfaz o nó que atemoriza
o sorriso brinca feliz, se atreve
em loucos pensares
que no corpo desemboca
e beber a água da fonte que reluz
mergulhar desnuda, em desmazelo
até que a alma limpar-se dos ardores
vestida de tons e aromas da natureza
vê-se renovada e envolta em beleza
por instantes
retoma o viver
quer se atrever
e pegar os sonhos em flagrante.