O verso escorrega
por entre dedos
desliza por entre pausas
respiros
difusas exclamações
e pontos finais
aparam arestas
interroga-se
brota de entrelinhas
e os instantes
fazem sentido
cheio de reticências
de espectros
talhados em si
nasce o poema
e ponto.
Soninha Porto Flor
Enviado por Soninha Porto Flor em 06/05/2020
Código do texto: T6938883
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