o corpo está preso
às amarras do tempo
à cadeira ao seu território
do ser indefeso
alvo da solidão a bater às portas
destila o enfadonho
dos momentos aleatórios
quer ter asas para voar feito vento
porque a alma sonha
botar o pé no mundo
alimentar-se de versos
suas muletas para não mutilar o sonho