Liberdade ou solidão?

A sós ou com sua própria companhia?

Há luz ou só escuridão?

Completa paz ou agonia?

O silêncio dos arredores e o barulho da mente.

Dois pontos de vista sem se sobrepor.

Acho que os dois são concernentes,

Mas dependem de quem os vive e não do observador.

A confusão da suposta ambiguidade

É um reflexo de quem vê,

Pois o de dentro sabe a verdade

Se, se sentes livre ou estás a sofrer.

Às vezes os estrangeiros cometem o erro de colocar sua situação àquela observada,

Suas angústias, prisões, limitações e medos.

Tal ação torna a dúvida válida,

Pois é de praxe a comparação com terceiros.

Mas, e quando o questionamento vem do "eu"?

Quando está perdido e ainda não se encontrou a resposta?

Se leva em conta o que o perdeu?

Qual dos dois é a sua aposta?

Não aposto em nenhuma das duas.

Ouso em dizer outra alternativa.

Prepare a carne crua.

O tempo é minha opção preferida.

Somente com o tempo que saberá,

E assim sua resposta encontrará.

Se o que perdeste então,

O tornou livre ou o pôs na solidão.