Crítica da Razão Própria
Pois é pensamento
Estás aí caído
Tentando disfarçar
A dor do peito
Da inútil jactância
Pérfida, corrosiva, voraz
Acorda dessa medonha
Disfarçatez imbecil
Enche esse peito
De dignidade e nobreza
Inclina essa serviz
Liberta-te dessa fatídica
Existência de mediocridade
De piedade e arrogância
Olha a tua volta
E se renda a verdade
Da beleza do outro
Da delicatez simplória
Invista-se, permita-se, desloque-se
Ao menos na tentativa
De enxergar, ver, olhar
Esbraveja logo tudo
É inevitável a queda
Mas sossega, sim
No movimento da vida
Não há justo, injusto
Apenas susto, assusto
Nada mais que fluxo, refluxo
Acontece, esquece