DECRETO-LEI

Decreto que os pássaros devem sorrir e namorar

Os ventos são nebulosos e, há muito, paralíticos

A Terra é assolada por flores más e sem sonhar

É hora, pois, de impetrar cada falso à hipocrisia sifilítica

Decreto que todos podem amar-se independente dos sexos

Que os presos tenham aulas, trabalhem, se reeduquem

E para os cruéis, deixar a prisão é falta de nexo

Que todos tenham suas terras e, lá, se multipliquem

Que sejam respeitados os credos, ideias e cores

E quem desrespeitar aos outros deverá beijar mil pés

Pois a humildade é o pagamento para os maus atores

Que os vulcões derramem abraços e perdões por sua vez

Que mesmo sendo diferente o time que se torce

Tenha-se um só hino à gloria da dignidade, que ora se contorce

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 24/04/2020
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