TIC-TAC
O tempo lava as angústias e os dilemas
É oceano que naufraga os amores
São as estrelas no castelo de problemas
Brilhando sonhos e esperanças entre as dores
O tempo é fogo que consome os desejos
São as rugas escondendo o sofrimento
As mãos rasgadas pela luta em lampejos
As ruínas dum império em esquecimento
Os pêlos brancos de um animal dilacerado
A loucura da eterna miséria, fria fome
O tempo trucida qualquer alma com passado
E fez perpetuar históricos nomes de renome
O tempo é a busca do novo na renovação
Repetindo as fórmulas eternas do coração