Caos II

Abismos, sempre escuros e profundos

Recantos que eu não gostaria de visitar

Mundos distantes, densos e oriundos

De uma mente que não para de pensar

E penso com tamanho sentimento

Que tragado fui pela escuridão

Estou tão sóbrio e no meu comedimento

Mal posso ouvir o clamor do meu coração

Meu coração pede tranquilidade

Deseja que toda dor possa cessar

Ele também pede apenas honestidade

E algo bom para relembrar

Não sei o que fazer com essas súplicas

Pois minha vida não é feita de mansidão

Em meio a breves inércias cíclicas

Minha vida é caos e demolição

E meu comedimento contraditório

É na verdade externo e enganoso

Para desconhecidos não é notório

Como meu ser interno é desastroso

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 14/04/2020
Reeditado em 14/04/2020
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