A PRISÃO

A prisão sufoca as vidas e os tempos

O reflexo dos desejos cristalizam-se em ódios

E o medo esfaqueia os véus da alma

Os sonhos se confundem com as grades do real

Romanos são cortados com tesouras de desprezo

Orgulhos se humilham e espreitam por vinganças

Facas feitas à mão esperam seu momento

De trucidar quem trucida os aglomerados sem destino

Uma nova cela se abre e a solitária espera...

O sangue, a morte, o estupro, o roubo contam

Assobiam uma canção estranha e patética

E os abismos entre o certo e o errado se abrem-nos

Lá embaixo, o fogo cospe revoltas e dragões

Feiticeiras aprisionadas não conseguem mais ter magias

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 12/04/2020
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