A PRISÃO
A prisão sufoca as vidas e os tempos
O reflexo dos desejos cristalizam-se em ódios
E o medo esfaqueia os véus da alma
Os sonhos se confundem com as grades do real
Romanos são cortados com tesouras de desprezo
Orgulhos se humilham e espreitam por vinganças
Facas feitas à mão esperam seu momento
De trucidar quem trucida os aglomerados sem destino
Uma nova cela se abre e a solitária espera...
O sangue, a morte, o estupro, o roubo contam
Assobiam uma canção estranha e patética
E os abismos entre o certo e o errado se abrem-nos
Lá embaixo, o fogo cospe revoltas e dragões
Feiticeiras aprisionadas não conseguem mais ter magias