Olhares em Carrossel
Olhares em Carrossel
Olhares lançados ao céu sob a lâmina de um negro véu, assim a vi surgir num corpo desnudo desnimbrante, girando em círculo, em carrossel
Um faixo de luz logo me chegou e me arremessou no teu anel, eu nutri a esperança ingênua de escupi-la toda nua numa folha fina de papel
Ainda em círculos serenos, lanço olhares ao céu, sob a lâmina de um negro véu, e tudo é tão sombrio, tão solitário tal qual o fundo frio de um tonel
Ora, mais uma vez a vejo surgir, agora no cume de um lindo chapéu, envergonhada, disfarçada, toda melada de um doce e gostoso mel
Sinto o meu corpo se anestesiando, paralisando, ese svaziando, face à inoculação do teu feu, a morte então me chega, sob um negro e mortífero véu
Humberto de Campos
Mestre Holístico