Ilusões
Tecemos linhas latentes de vida.
Entrelaçando-se com destinos alheios.
Tecendo vidas que não nos pertence.
Aranhas presas em sua própria teia.
A procura da ultima peça do seu quebra cabeça para o encaixe perpétuo do amor que hiberna no norte.
Mente barulhenta durante a noite, digerindo pensamentos do dia.
Detalhes de uma vida vazia.
Revivendo lembranças tardias de um passado Onipresente.
Conhece-te o amor?
És como cinzas jogadas ao vento.
Fragmentando-se ao longo do tempo.
Por anos esperei a sua chegada.
Para meu coração ser sua ultima parada.
Deixado para trás, não vou senti-la nunca mais, és um norte passageiro de uma bússola sem ponteiro.
Recuso-me a preencher lacunas de amores fracassados.
Sentir a mesma dor, a dor do partir, partir em estilhaços um coração transplantado de vidas passadas.
Aqui jaz um homem que não sabes o que és sentir o amor.
Conforto de uma vida perfeita, seguindo a linha imperfeita do destino.
Andar sobre pegadas alheias em longas caminhadas.
Não faço o que já foi feito, faço o que não pode ser desfeito.
Depois de varias desilusões, fazendo alusões ao um novo amor.
Um fascínio encoberto por marcas e arrependimentos passados.
Regurgito incertezas, para trazer átona a minha franqueza.
Reviver a minha pureza para viver um novo amor. O narciso que aprendeu a amar a bela ninfa.
Olho-me no espelho e vejo o meu reflexo, agora é a hora, logo volta o meu eu de outrora.
Há infinitos espetáculos de amor a sua volta, todavia não é o protagonista do seu próprio amor, apenas um mero espectador, vivendo amores alheios.