Homem
Homem,
em cujas mãos, me admito,
em cujo peito, reflito,
nas horas de indecisão.
É corpo que me domina,
é alma que me sustenta,
é força que me arrebenta,
em fogo, vício e paixão...
Homem,
em cujas pernas, repouso.
Em cujos olhos, descanso,
na Luz da Anunciação...
Teu gosto, faz-se chegada,
resposta enfim declarada,
as minhas mãos salientes,
nas portas da rendição...
Homem,
em teu desejo, me aceito.
pois teu fascínio perfeito,
traduz, minha confissão.
E o jeito sempre menino,
conduz teu corpo faminto,
ao meu querer de Infinito,
em noite de perdição...