Alto da Sé
A velhice chegará
Ficarás só...
Sozinho, com tuas lembranças
Mas, só...
Ninguém olhará para ti
Parecerás mesmo um fantasma...
Fantasma na terra dos vivos...
Como foi bom quando eu não era um fantasma
Eu vivia, o sangue fervilhava nas veias
O coração batia forte, tudo era belo !
Tudo fazia sentido
Meu limite era o infinito
Havia um mundo vivo à minha frente
Como eu gostava de fazer parte dele !
Agora... apenas lembranças...
Que faço eu aqui ? !
Sem forças para recomeçar,
Sem ânimo, não consigo me levantar
Não quero que tenham pena de mim
Apenas me deixem aqui, no Alto da Sé . . .
Quer saber o que acontecerá contigo quando envelheceres ?
Serás abandonado . . .
06/03/13 Ofircopa