Estranho Quem é Você?
Desconhecido refletido no espelho
Na imagem refletida desconheço
Penso, penso, me vem à mente: O tempo começou à correr
Reconheço poucos traços. Pergunto; quem estais nesta imagem?
Como, como mudou muito
Da infância desejando ver
Olhos de mesma cor, agora viram mais
Desejando rever o reflexo infantil despreocupado
Céu outrora colorido, no presente cinza negro
Apresentado ao espelho a figura estranha. Perguntando
Como chegamos aqui? Através de crônicas diárias medíocres
esquecidas nos vales nunca visitados da memória. Responde
Não fostes autênticado o tratado de passatempo
Louco segundo o critério alheio. Fiel ao reflexo
Irreconhecível. Sabe ser leal ao seu eu, que mais parece
Um alter-ego nunca idealizado. Ó trágico
Amado, estranho reflexo refletor do desconhecido
Este sim, o grande ídolo.
O amado penitente crente em sua imagem
Ainda que disforme no inconsciente. No consciente
Presencial confuso incompreensível, eis que acontece: Muito, muito
Longe algo vivo lhe puxa e não é mais indagado de quem é o estranho