Quebradiço
Vivo entre reinos quebrados,
Que muralhas ruíram em sombreamento,
Vindo em escombros pesados,
O viés dos antigos acontecimentos.
Ruir-se todas as torres de mármore,
Enegram-se as chamas dos castiçais,
Somos reinos fenomenais,
Que se deliram em utopia.
Mas continuo voltando em ruínas,
Pousando na pedra em cima de pedra,
Me magoando em todas as vindas,
Sois a mim a destruição por cratera.
Amigo, amigo meu,
Em quem a mim sucedeu,
Da chuva sobra areia no castelo,
Quanto sangue necessário é,
Para cobrir este martelo?
O erro talvez eu sei,
Todos os reinos que reinei,
Em comum só te um rei,
Novamente cairei,
Dentre penas vem ciganas canções,
Eternos nós sobreviventes corações,
Vida longa ao Rei,
Realizar-se-á suas orações.