Eu, deserto.
Prego no deserto
E o deserto sou eu.
No calor do dia, sou árido
Na escuridão da noite, gélido.
Como será difícil cultivar esse terreno!
Se não fossem pelos oásis que aqui e ali aparecem,
Eu já não teria mais esperança.
Mas esperança há
Porque não desisto,
Não sossego
Porque sou deserto, mas não deserto!