Ataduras nas Quimeras

Véra Lúcia de Campos Maggioni®

Vera&Poesia®

Do rigor de tantas regras estabelecidas

À forma cumulativa nas teias tecidas -

Cinzas retidas nas faixas das cismas

Falsas esvaziaram a textura das rimas.

A mudez tomou contou, prosseguindo em via,

Foi-se a criatura restando somente manias.

Bordada nos músculos e veias, em maioria,

Percebida a afasia nas procelas da ironia.

Eu a razão incerta quisera fazer-te doce mel.

Dessa cera estaqueada e em decúbito dorsal

Transformar-te, num só sopro vivo, em lar fiel,

Derretendo esse molde tão distal e horizontal.

Com o sonho e um violão na mão, uma canção

Entoa, tamborilando nos hemisférios, em vão,

Não sugestiona nenhuma ecolalia nem reação

No estado já dissociado pela esquizofrenia.

O farfalhar dos pestanejos das soltas quimeras,

Estremecidas, ao largo zunem em silvos de esperas:

Estaria o razoável, por metamorfose, em buscas

No casulo infiltrado pesquisando as frestas?

Véra Lúcia de Campos Maggioni®

Vera&Poesia® Véra Maggioni

Setembro de 2007

direitos autorais reservados

Série:*Observações

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Véra Maggioni

Véra Maggioni
Enviado por Véra Maggioni em 07/10/2007
Reeditado em 31/05/2010
Código do texto: T684441
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