Domingos
No meu coração é sempre domingo. E domingos, como eu, são extremamente contraditórios. É muito difícil conviver com o desejo de sossego e a iminência de acontecimentos que me surpreendam. O Domingo, como eu, faz o que quer, é imprevisível. Hora fica, hora foge. E agora, nestes domingos sem roteiros, devaneio carnavais possíveis onde nem alternativos nem padrões me satisfazem. Eu quero a surpresa. Quero a Originalidade, quero ouro entre lapidações forçadas. Endomingar-me é escolher embriagar-me de solitude.