O FIM

Quando tudo for passado

De mim mesmo nada mais restar

Há não ser a dor amortecida

Teimando em religar elos quebrados

Nos que sentirem minha falta

Serei solidão no espaço ermo

Um escárnio no borrão da imortalidade

Por onde chorarão, em murmúrios,

Os galhos dos ciprestes molhados!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 09/01/2020
Reeditado em 19/11/2020
Código do texto: T6837779
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