Medo
Medo atinge e pega mesmo os avisados
Os iniciados os enrolados e os afastados
Medo é topada, é um soco
É um vazio não só no estomago
O medo é fúnebre
O medo está submerso
Mas emerge uns dias ou muitos
Ou em toda a existência
Medo pode ser insistente
Medo faz passos espessos, pesados
Grudados
Medo lateja
Medos acelerados
Fugidos, exaltados
O medo é grande no ser que se acha pequeno
É grande no ser que se sente gigante
O medo é competição ,
É não entender que precisa perder
Pra ganhar
Medo é o difícil aceitar
O medo sabe bem enganar e na célula ele sabe ficar
E o Amor onde anda?
O oposto do medo?
O amor pode ser para os fracos que não sabem nadar
Nem sequer caminhar
Pode ser para os fortes, os mascotes, fracotes
O amor é pra dar passo a passo e olhar devagar
Aceitar o que não pode mudar
E deixar escorrer o que não se pode prender
O amor na verdade
É o eterno aprender
Regina Romeiro em 07/01/2020