Frente a frente
Estive frente a frente com o caos
No mínimo algumas vezes
O que iria se suceder após o teu beijo?
Essa impossibilidade que nos une sempre.
Olho neste momento em meus braços,
Há correntes pesadas, que sequer consigo levantar.
Pela porta entra luz e essa luz vem de uma janela
Me dizendo que há esperança, e que está aqui por nós.
E se eu gostar do caos?
Você sequer me perguntou!
Por qual motivo nos arriscaríamos?
E após essa chuva passar?
A rotina naquele lugar não estava igual aos outros dias
Existiram muitos fatores a favor e outras tantas possibilidades contra
Qual seria o mistério detrás?
Quero me desprender deste grilhão
Que me impossibilita de ir ao seu encontro
Na penumbra daquela sala, entre livros, histórias, contos e poesias, isso seria o êxtase que faltava para tudo ficar ainda mais interessante.
Tantas outras histórias nas prateleiras, empoeiradas, nunca tocadas, nunca folheadas, esquecidas.
Tantos pensamentos aprisionados, entre páginas e capítulos, tudo contido ali, assim como a nossa história
Iríamos desnudar a alma e os desejos
Em meio ao murmúrio baixo no ouvido, corpo a corpo, sua mão passeando na minha pele, me agarrando firme pela cintura....
Faríamos juz a memória de tudo que ali há e ficou esquecido.