Noite de calor

E lá estava ela

Tão solitária quanto o vento

Apenas o som do ventilador

Em uma noite de muito calor

Era possível ouvir o barulho

Que vem lá da rua vazia

E tudo parece um embrulho

Feito ruína desnecessária

Nostalgia ao enxergar o passado

A cor verde do pasto

Cheirava como óleo de pitanga

Era só alegria ao deitar sobre a cama

E agora que tudo está utópico

O sentimento não brota

E nem consegue pensar em ódio

A espera de abrir a porta

No final solta um longo suspiro

Agradece todo dia

Ao menos pelo ar que respiro

E segue seus passos

Nessa vida escorregadia

SILVIA F SOUSA
Enviado por SILVIA F SOUSA em 10/12/2019
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