As dores do silêncio
O silêncio é um ótimo amigo
E, ao mesmo tempo, perfeito inimigo
Gostaria de letra dominar as dores,
As dores do silêncio que guardo no peito
Aqui dentro as palavras gritam e eu insisto em plantar flores
Da filosofia homem-feito
Ao jardim dos amores
Novo jardineiro
O homem nunca arrogante
Navegando em mares desconhecidos
Agora, despido da lógica, vislumbra a luz cintilante
Envergonhado, à noite chora escondido
Pobre homem-menino suas lágrimas são versos periclitantes
Poesia em um lenço umedecido.
Arriscou-se em meio à multidão
Não buscou, mas encontrou
A beleza da beleza das flores
Na contramão deixou-se ser levado pelo coração
Abriu mão da frieza, o calor dos sentimentos abrigou
Nos bastidores entregou a capital Razão aos colonizadores
Não lhe é conveniente
Mas busca o encontro, o olho no olho
Ainda continua crente
Com charme, pensa em meio a brincadeiras fazer barulho
Expressar com sinceridade o que guarda
palavras que não existem nos contos de fadas.
Da minha própria lua, grilhões
Cárcere das emoções
Silêncio das dores
Dores do silêncio...