Punição maldita
De quantos infernos se faz o paraíso?
Quanto tempo ainda seria preciso,
até que eu me livrasse do que me atordoa?
Não me importa o quanto doa,
necessito me libertar.
De quantos dias ou quantos meses,
quantas a mais seriam essas vezes,
quando o tempo insiste em punir-me?
Pelos pecados alheios
ninguém merece pagar.
Indigno é o viver desnecessário
de quem viveu ao contrário
e não quer desencarnar.
Até quando esse convívio forçado,
para o qual me vejo obrigado
e não consigo me livrar?