Punição maldita

De quantos infernos se faz o paraíso?

Quanto tempo ainda seria preciso,

até que eu me livrasse do que me atordoa?

Não me importa o quanto doa,

necessito me libertar.

De quantos dias ou quantos meses,

quantas a mais seriam essas vezes,

quando o tempo insiste em punir-me?

Pelos pecados alheios

ninguém merece pagar.

Indigno é o viver desnecessário

de quem viveu ao contrário

e não quer desencarnar.

Até quando esse convívio forçado,

para o qual me vejo obrigado

e não consigo me livrar?

FERRAZ GAETANO DIVAL
Enviado por FERRAZ GAETANO DIVAL em 13/11/2019
Reeditado em 13/11/2019
Código do texto: T6793762
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