Abstinente

Por hoje, acoberta-me o peito

Sem dizer um tanto para embalar.

Acolhe-me tênue no calcanhar

Do aconchego silábico, feito.

Pois hoje, acoberto-me na farsa

Para dizer o quanto inquieto

Quando abandonei as botas do verso

Fazendo-me o que fortes, minha caça.

O que diabos aconteceu de mim?

Que cada dia é como o do fim

Com tantos pensamentos dispersos?

Sinto perder o rumo do caminho

já perdido, assumo. Nem adivinho

Aonde foram parar os meus versos.

00:33 04/01/2019

Henrique Erik Machado
Enviado por Henrique Erik Machado em 11/11/2019
Código do texto: T6792730
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.