Não tenho ideia de quem sou
Não tenho ideia de quem sou
Pois sou uma ideia de quem quero ser
Quero ser a esperança de quem eu era
E a lembrança para quem eu serei, e saber
Que sou feito de minhas memórias
De um próprio eu faces e fases
E se destas memórias eu me desprendesse
Então assim,
nada de mim que a não ser frases
Que em pouco tempo esquecesse
É isto que me assusta a vida
A falta de controle no tempo
Tenho medo, e marcas de feridas
De entalhes que nem lembro ter feito
Se eu não achar o sentido para que vim
Devanear é que eu farei de mim
Enquanto lembro o que já foi Memória
E crer na esperança, o suposto Fim
valeu tê-lo sido, mesmo que nada, enfim
Para ser lenda que é mais que História
05/11/2019 09:08