Outra estação

As vezes só se encontra o caminho,

Quando se começa a caminhar.

Meu romantismo dos anos oitenta,

Mostrou-me bem mais que poesia.

Carrego sobre os ombros,

Lembranças de tempos mais lindos.

E no mundo de hoje

Não consigo me encontrar.

Pensei que poderia voar

E sair pelo mundo a procura de mim.

Estou cortando minhas raízes

Frágeis e decompostas.

Sinto o peso do mundo nas costas.

De coisas que não quero mais carregar.

O cemitério em minha mente pede luz.

O cemitério ao meu redor, pede salvação.

A rotina faz de meus dias uma prisão.

A qual Sérgio Vaz chama:

"máquina de moer gente".

Muitos sequer nem a sentem,

Acostumados a aceitar o que eles dão.

A vida é mesmo uma viagem

E eu estou partindo

Pra chegar em uma outra estação.

Rafael lima vera cruz
Enviado por Rafael lima vera cruz em 06/11/2019
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