Dias de queda

Nossos joelhos dobram

Nossos olhos chovem

Nossas falas gaguejam

Nossos peitos temem

Não importa os troféus erguidos

Muito menos a quantidade de vitórias

Eles sempre são sofridos

Sempre pesam em nossas memórias

Perdedores e campeões os conhecem

É impossível viver sem eles lhe visitar

Mas é humildade que eles fornecem

Pra que nossas raízes voltemos a lembrar

São nos dias de glória que meu peito explode

E se enche de alegria e satisfação

São nos dias de queda que a vida grita, acorde

Pra me dar uma importante lição

Nos dias de queda eu inverno

Nos dias de queda eu apodreço

Pra relembrar que o dia de glória não é eterno

Pra que eu desfrute bem da glória que mereço

Nos dias de queda eu me afogo

Nos dias de queda eu me renego

Nos dias de queda eu aprendo

Nos dias de queda me entendo

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 02/11/2019
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