Desconhecido
Onde me vejo não me encontro,
Me perco e desconheço
O rumo que tenho que tomar.
Rumando o desconhecido,
Em que ando esquecido
Nas ruas sem nome.
Na solidão em que chamo
O eco ressoa e ecoa
Em mim solidão.
O barulho em meus ouvidos
Me soa um grilo
De longe um zumbido.
Em águas o reflexo que vejo
Só reflete o desejo
Do que eu queria que fosse.
Nas águas mergulho
Tão alto que afundo
Sem saber como voltar.
O ar que inspiro
Tão líquido que sinto
Que a vida me veio a falhar.