Ojeriza
Quem sabe o sol
Em volúpia ardente
A depreciar meu rosto
Sob intensa repulsa
Ou algum outro fenômeno
Que me tire a calmaria
Daqueles olhos azuis
Atordoados pelo mesmo silêncio de sempre
Quem sabe não partam a noite?
Esses pensamentos súbitos
Que ousam se apossar do tempo
E se dilaceram a cada verso
Que partam, pois
O fotoperíodo dessa flor
É feito de metáforas,
E é na poesia que ela desabrocha