Borderline
Tem hora que eu sou o sol,
Radiante, cheia de carisma
Outros, a tempestade..
E a chuva minha catarse
A noite posso ser a lua,
Como se pensando ficasse mais robusta
e quanto mais cheia, mais bonita
Chegando a aparecer em noticiários
Mal sabem eles que a flor
Também faz drama,
Perde as pétalas como fosse padecer
E renasce a cada primavera
Sou um rio de sensibilidade
Água corrente, novas percepções
As vezes um mar de conclusões
Outras, apenas terrenos baldios
Vida minha as borboletas
Ora são casulos, ora lagartas
E mesmo quando passarinhos
Ainda são presas ao próprio instinto
Não é uma questão de bipolaridade
Ou que eu não saiba quem ser,
Não é que eu tenha várias personalidades
É que eu sou a natureza.