Senhora de fino trato
Há tanto, bandida!
E eu condenado às fogueiras,
aos falatórios, às estribeiras,
sem referências, um mero acaso.
Romance de curto prazo,
senhora de tantas revelias!
A paixão em que me afundaste,
iludiste e abandonaste é a mesma que nivela.
E no auge de tuas aparências,
quando nutres as carências,
visitas minha janela.
Há tanto, maldita!
E eu insistindo nas asneiras
por vezes tão costumeiras,
cedendo ao teu capricho!
Tratado assim, feito lixo,
senhora das minhas agonias!