NOITE FACEIRA
Vem a noite faceira como a vida
Assim, inteira e tão efêmera, incerta,
Que o coração se perde no céu que elucida
O só tormento da emoção inconcreta...
E o sentimento que se perde a vagar
Pelos labirintos infinitos da alma
Apenas ouve a pulsação desse mar
Chamado tempo que só passa sem calma...
Eis, portanto, o próprio túnel do sonho
Entre sentimentos na imprecisão humana
Desse coração no verso só, tristonho,
Como brisa célere que o dia clama !
Tão disperso, pois, é o enigma
Do universo interno, na vertigem plana,
Que todo sol se perde no que o céu consigna,
Além do próprio véu da insensatez mundana.
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Vem a noite faceira como a vida
Assim, inteira e tão efêmera, incerta,
Que o coração se perde no céu que elucida
O só tormento da emoção inconcreta...
E o sentimento que se perde a vagar
Pelos labirintos infinitos da alma
Apenas ouve a pulsação desse mar
Chamado tempo que só passa sem calma...
Eis, portanto, o próprio túnel do sonho
Entre sentimentos na imprecisão humana
Desse coração no verso só, tristonho,
Como brisa célere que o dia clama !
Tão disperso, pois, é o enigma
Do universo interno, na vertigem plana,
Que todo sol se perde no que o céu consigna,
Além do próprio véu da insensatez mundana.
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