Solilóquio da alma

Estranho e impressionante o modo como o que escrevo vem a fazer sentido somente certo tempo depois. Minhas palavras me preveem e me significam. Escrevo e vou vivendo, escrevo e me lanço na fluidez. Não mais me importo de dizer o que momentaneamente se revela como desprezível e descartável, pois nunca é, e nisso compreendi a urgência de sempre exprimir o que através dos sentidos absorvo e me contorço por dentro. Resumidamente, sinto hoje que as vivências nas quais me coloco apresentam-se me como uma confirmação daquilo que minha alma já sussurrava há muito tempo nos ouvidos da intuição.

Amanda R Silva
Enviado por Amanda R Silva em 27/10/2019
Reeditado em 27/10/2019
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