Poesia fixada na geladeira

Procuro escrever sobre o amor

Tu me vens à cabeça

Já virou costume

O monótono tira a beleza

Mas, não de quem dela é dono

Apareces, manhoso, no quintal

Sob o amanhecer do dia

E da paixão a renascer

A cada passo, um encanto final

Tu me pões a perceber

Eu te projeto em concreto

E fazes do beijo nosso, abstrato

Vontades em simetria

De um afeto abafado

Embaixo dos lençóis

Tu, corado

Na manhã ensolarada

Tristeza não ser de perdão

De um amor desacordado.

Mariane Amaral
Enviado por Mariane Amaral em 24/10/2019
Reeditado em 25/10/2019
Código do texto: T6777696
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