Luto

Não pense que acabou o sorriso,

não pense que jaz a alegria.

Apenas mais uma nuvem que passa,

ao amanhecer cintila a harmonia.

Essa não é a gargalhada aberta,

nem pranto fechado a dor,

é harmonia entre o frio solitário

e lembranças de amor.

não fixe seu pranto como uma ilha,

não se pranteie em lembranças

que amarra o coração em armadilha,

mas solte às esperanças

Vem cumprir o que ainda lhe resta:

são filhos, netos e bisnetos.

Reage alma de pensamento inquieto,

vem a Deus ofertar seus afetos.

não é solitária na viuvez que se apega,

ergue o semblante, coloco-a avante.

não é o final, à que Deus se entrega?

Refaça a rota em consoante!

o caminho apenas recomeça ao infinito,

doe-se a em novo modo de caminhar,

busque da lembrança, o sorriso mais bonito e constante.

e nunca deixe de amar.

Paulo Sergio Barbosa
Enviado por Paulo Sergio Barbosa em 30/09/2019
Reeditado em 10/11/2019
Código do texto: T6757835
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