Essa inquietação quieta
De pensar
Quando devia estar em silêncio
Mas penso
Alto
Porque todo este conformismo
Me inquieta mais
Do que a calma que tanto preciso
Porque detesto a bonança
Quando ela pressagia o furacão
Porque odeio as palavras ternas
Quando a ternura serve para esconder a verdade
Porque odeio os relógios certos
Quando a hora deles é demasiado tarde
Porque quando olho
Gosto que a paisagem tenha claridade
E que não tenha pequenas e invisíveis nuvens
Que em silêncio preparam a tempestade…