A QUEM DISSERA MAL DE MIM
Estavas certa, nunca fui nada.
Meu caminhão ... pane na estrada ...
Sim, chorei sobre o tanque,
O vento noturno soprava
Que novo dia se planejava
A partir daquele instante.
Zombaste sempre de mim, o inútil,
Mas o mar me sorria, assim como as folhas.
Passarinhos eram parte de minhas escolhas
E diziam-me, perdoa-lhe o jeito fútil.
Eu tinha um nome e uma alma ...
Os ventos secavam todas minhas lágrimas,
Tuas mensagens ruins nunca consagre-mas.
Foste tu, fiquei-me aqui, na calma ...
Estavas certa, nunca fui nada,
Nada do que quiseste para mim.
Agradeço por isso ao céu, aos ventos,
Porque fiz a minha vida acolchoada
Pela quentura cândida dos serafins ...
Porque, assim, fiz de mim meus momentos.