MINHA CABEÇA

Minha cabeça

Parece parque de diversão

Palavras inquietas perambulam

Fazendo a maior confusão.

Dia e noite

Sem descanso

Arrumo daqui e dali...

Preciso de um remanso.

Para não enlouquecer

Ando com papel na mão

Pra parir as minhas crias

Antes que caiam no chão.

Quando tinjo folha em branco

Descanso um pouco a mente

Mas é por pouco tempo...

Até começar tudo novamente.

Vivo, durmo, acordo...

Respiro e degusto poesia

Penso em versos

Parece até bruxaria.

Coisa botada,

Magia ou assombração

Estou vendo se encontro

Onde desligar o botão.

Parece que tenho

Parafuso frouxo na cabeça

Ou devo aproveitar a veia poética

Antes que desapareça?