Fim de linha
Hoje eu encerro a vida de poeta!
Amanhã vou estar de malas prontas!
Peço que alguém acerte as minhas contas,
do tempo em que andei de bicicleta.
Hoje a minha história está completa!
Já esgotei a verve e, finalmente,
plantei a minha última semente,
ainda que não seja a predileta.
Amanhã vou calar a poesia!
Vou deixar minha verve tão vazia,
que ninguém vai lembrar que fui poeta.
Vou voltar a fazer o que eu fazia,
quando andava descalço, noite e dia,
no quintal do vizinho de um poeta.
E pra manter a alma sempre alerta,
vou deixar o vizinho de vigília.
Hoje eu encerro a vida de poeta!
Amanhã vou estar de malas prontas!
Peço que alguém acerte as minhas contas,
do tempo em que andei de bicicleta.
Hoje a minha história está completa!
Já esgotei a verve e, finalmente,
plantei a minha última semente,
ainda que não seja a predileta.
Amanhã vou calar a poesia!
Vou deixar minha verve tão vazia,
que ninguém vai lembrar que fui poeta.
Vou voltar a fazer o que eu fazia,
quando andava descalço, noite e dia,
no quintal do vizinho de um poeta.
E pra manter a alma sempre alerta,
vou deixar o vizinho de vigília.