Eu.


            Luiz Claudio Bento Da Costa.


Desvairadamente sonho...
O que me resta revelar?
Na colheita das flores,
os espinhos vem me chamar
para lembrar que grande
é esse mundo.

A obra não consegue criar raízes,
velas para a arte,
porque nitidamente
te vejo cinza.
Mesmo no canteiro procuro,
o atelier que não encontro.

Morei no ar
levado pelo aroma,
vidrado nas viagens
que sempre me acontecem,
levando-me à crer
que a noite não passa.

A corrida não termina.
Será a minha sina?
Me vejo tentando ver
o futuro que desejo.

Na dimensão de tudo isso,
sinto o coração me perdoar,
porque sabe que nesse mundo,
só os olhos do senhor
não podem me perder,
porque ele gosta de mim.



                                    Amém.
Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 29/09/2007
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