Sem Amarras
Os grilhões me prendiam,
Ao escuro, ao vazio,
De mim submissa faziam,
A dor da chibata sentia a cada fio...
Mas meu pensamento,
Me levava além...
Vendo aquele mar de sofrimento,
Pois ao meu lado tinham quase cem...
Tentava engolir o choro,
A luz era inspiração...
Liberdade aclamada em coro,
Traços da escuridão...
A busca por caminho diferente,
Nas pedras de um casarão...
O frio, a angústia, a corrente,
Almejavam o fim da escravidão...
Antes grilhões agora sem amarras,
O fio de esperança o sonho conduz...
A liberdade hoje se agarra:
O livre pensamento, a força e a luz...