Fio de ouro
Dias frios escondem a poesia quente...
Camuflar poético sobre o que se sente
Dor de cabeça, canseira, dor de dente
Num sorriso amarelo olhando de frente
Frente fria, da blusa de frio, poesia é fio
De ouro em tecido roto, e por desgosto
Em pleno agosto, pássaros, penas, pios
Ninhos de beija-flores no galho exposto
Desnudando os seus braços tão magros
A primavera já vem dobrando a esquina
Logo chegará, e trará na bagagem, raros
Pós; e para flor, cor e brilho da purpurina.