Psicodelia

Desdenho dos agrados,

Abrandando meus sentimentos,

Especulo minha falsa visão,

Como um investigador de ressentimentos.

Árduo coração, ignorante

Fecho-me num instante,

Percebo a paz que me falta,

Solto a tristeza “uivante”.

Não sei como viver,

Só sei que devo obedecer,

Tratam-me como um robô,

É tão difícil amadurecer.

A gente quer viver,

Sem saber de nada ao certo,

Desconstruir algo perdido,

Contrariar a maioria.

Sou quem sou,

Reflexo de quem já foi,

Consequência de quem virá,

História de quem se foi.

Calmamente me despeço,

Daquela lágrima pura e inocente,

Rejeito minhas próprias palavras,

Defendo minha mente regente.

Controlo minha mente,

Psicodélica que influencia,

Que desvaloriza sentimentos,

Aprecia de forma racional e os negocia.

Presunçoso corpo de Sarubi,

Por que se machuca com futilidades?

Você pode ser mais, sei que és capaz,

Não compreende suas funcionalidades?

Sei que sou bom,

Mas não sei como demonstrar,

Firo os que se importam comigo,

Talvez seja eu que deva mudar.

Só desejo ter alguém,

Que com pouco, faça muito;

Não quero pedir pra ficar,

Tem que ser de espontâneo intuito.

A liberdade não pode ser alcançada,

Pois o corpo sempre foi uma eterna prisão,

Não há chave senão a morte,

Que é a verdadeira liberdade.

Só que a morte livra,

Para depois prender novamente,

Nem sei se realmente estar livre,

É o que eu quero, sinceramente.

O mundo das emoções,

É onde eu quero estar,

Correr, viver, sonhar,

Duvidar, descobrir e registrar.

Mesmo que nem tudo seja aparente,

Cada rosa possui seus espinhos,

É como uma mamãe passarinho,

Que a qualquer custo, defenderá seu ninho.

Defenda como gente,

Não como pretensioso,

Ajude os necessitados,

Destrua sua mente de ambicioso.