CICIO EXISTENCIAL

Um cicio sereno toca meu rosto pálido

Trazendo-me novidades velhas de sempre

Luminares suprimem com um teor quase rábido

A beleza da noite que se esconde premente

Pensamentos vagueiam por ruas desertas

Iluminados por luas com luzes tão turvas

Trafegam por pontes em rotas incertas

Deparando-se num encontro com lembranças futuras

Essa busca prossegue sem parecer terminar

Segue voltando adiante nesse constante sofrer

Procurando um rio para poder desaguar

Um leito que possa essa corrente conter

Um silêncio goteja doses de compaixão

Sublimando a catarse da liberdade mental

A quietude sublinha as vozes da solidão

Num contínuo presente de novidade atual