## Tela Caótica ##
Talvez estejam frágeis meus olhos
e algumas coisas me queimem a retina.
Holofotes a se cruzarem sem foco,
duvidosa bebida servida em copo,
enquanto taças brilham na cristaleira.
Limpo a ponta da lança do poema,
num aguentar sem trema porque assim foi dito.
E o antídoto que serviram para a menina
não tem efeito sobre a poeta,
tela de traços indefinidos...
orgia caótica de sentidos.
(Taciana Valença)