Casa da dor

Aqui sobre essa casa estou eu. Com tantas vozes a ecoar em meio aos cômodos. Chega a ser meus vastos incômodos. Pior que não confio em muitas pessoas para partilhar dessas dores.

Tudo que me resta é tentar domar o indomável. Meu subconsciente. Minha consciência não é tão forte para dominar por completo, não mesmo, mas consigo dosar esse veneno, só não sei até quando.

Não sei o quanto a casa da dor me rouba, não sei quantas vozes estão a sonorizando na minha janelas defeituosas. E as vozes externas quando tentam entrar, as internas bloqueiam, é um caos.

Sou um poço de sentimentos. Sinto muito por não saber expressar o que tenho de bom, meus nobres sentimentos. Mas certos eventos

sociais e fraternos forjaram uma armadura o qual não sei remover e nem sei se confio em alguém para ajudá-la a tirar.

Minha casa da dor, a inconsciência indomável. Fluxo de medo, desconfiança, cobrança, amor, paciência, coragem, humor e desamor. Vida e morte, prazeres e desprazeres.

Tiago_Alves
Enviado por Tiago_Alves em 27/07/2019
Código do texto: T6705628
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