O LADO PRETO DO BRANCO

Dizem que de tudo se tem dois lados

E nem sei em que lado eu estou

Se é do branco do teu cavalo alado

Ou do negro de quem comeu e não gostou

E nas cores antagônicas por natureza

Vou no averso do preto no branco

Fugindo dos caminhos das incertezas

E almejando o meu espaço em cada canto

Mas o branco tem lá suas impurezas

E nem tudo que reluz é angelical

Assim como o preto transluz suas riquezas

Deixando as estrelas mais cintilantes no lual

Na vida, no amor, acho que estou do lado errado

E tudo isso é que me faz sentir assim...

Do lado torto, meio opaco e arranhado

Do lado negro do branco que está em mim

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 26/09/2007
Reeditado em 26/09/2007
Código do texto: T669544