Tudo bem...
Poeta usou as mãos e o coração
E falou da vida, de modo atrevida
Riu pra não chorar, lágrima caída
Se transformou em rima sentida
Aliviou alma sofrida que serenou
E adormeceu aquecida por versos
Buscou estrelas, no céu não achou
Nuvens esconderam belo universo
Na noite em que Lua não iluminou
Brincou com as sombras humanas
E com o voo das aves tão insanas
Desconexas asas que emocionou
Perdas, saudade, e silêncios muitos
Que o fio não aguentou, arrebentou
Sem arremates nave não mais voou
Ficou o sabor amargo e os insultos
Lágrimas de quem chorou, tudo bem
A vida é assim, feridas abertas aqui
Não cicatrizam, doem, e como doem
Mas, não sente, não chegam em ti...